
"Ela estava em casa pintando um desenho na cor do pôr do sol. Quando alguém a tocou diferente de quem a toca por amor." Jorge Olliver
A cada 15 minutos, uma criança sofre violência sexual no Brasil.
Em nosso país, os 51% dos casos de violência sexual são praticados contra crianças de até 5 anos de idade. No ano de 2020, as estatísticas afirmam que em 61% dos casos, a faixa etária era inferior a 13 anos. (FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, 2024). Mas qual é o motivo por trás de todos esses dados tão tristes e dolorosos de se ler? Quero convidá-lo a compreender uma realidade difícil que afeta muitas crianças e adolescentes em nosso país.
Você já ouviu falar sobre o Maio Laranja? Vamos entender melhor.
O dia 18 de maio é conhecido nacionalmente como a data que combate a exploração e o abuso sexual infantil no Brasil.
Mas, por que a campanha leva esse título?
No dia 18 de maio de 1973, a pequena Araceli, de 8 anos, foi abusada sexualmente e morta em Vitória – ES. Em virtude desse lamentável acontecimento e em memória dessa criança, ficou instituído como Maio Laranja. Vale ressaltar que a simbologia da flor laranja deste mês representa a luta pelo combate à exploração e ao abuso sexual infanto-juvenil e proteção às crianças e aos adolescentes. (BRASIL, 2000).
Há diferença entre abuso e exploração sexual? Sim!
Entende-se por abuso sexual qualquer ato, com ou sem contato físico, no qual utiliza-se da criança ou adolescente para autossatisfação e/ou terceiros, impondo, muitas vezes, por meio de ameaças, sedução de palavras e/ ou oferecimento de alguma recompensa.
A exploração sexual é a utilização da criança ou o adolescente em atividade sexual com a finalidade de remuneração ou a qualquer outra fonte de gratificação. (Lei n. 13431/2017).
Saiba que tal realidade é muito mais comum do que imaginamos e, por vezes, está muito próxima de nós.
Quais repercussões podem desencadear na vida das vítimas?
As repercussões da violência de natureza sexual podem trazer impactos severos a nível psicológico e físico, além de consequências na vida sexual e interrelacional da vítima, a longo prazo.
Destaca-se que muitos transtornos, como ansiedade, depressão pós- traumáticos, podem ser potenciais desencadeadores em virtude de importunação sexual. (SILVA., et al, 2021).
Além disso, a vítima pode desenvolver sentimentos de culpa, autoestima invalidada, medo de falar o que aconteceu por achar que não pode ser compreendida, dentre outras consequências.
Como identificar os sinais em crianças e adolescentes que podem estar sofrendo algum tipo de violência de caráter sexual?
Sinais físicos: infecções sexualmente transmissíveis (IST’s); prurido na área genital, infecções urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas, cólicas intestinais; gravidez precoce ou aborto; falta ou excesso de higiene pessoal; escoriações (manchas) pelo corpo.
Sinais comportamentais: baixa autoestima, timidez ou vergonha excessiva (mudança brusca de humor); medo ou pânico em relação à alguma pessoa; insônia, pesadelos, agitação noturna e regressão ou abandono de comportamentos infantis. (REDE AQUARELA, 2022).
Esses são apenas alguns dos sinais físicos e comportamentais que podem ser identificadores de investigação. Vale ressaltar que, muitas vezes, o abusador pode estar mais perto do que se imagina.
Por isso, fiquemos atentos!
Não podemos baixar a guarda quando se trata de proteger nossas crianças e adolescentes.
Assim, é imprescindível realizar a educação sexual infantil como uma maneira de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual.
Como conversar com os pequenos sobre educação sexual?
Aqui vão algumas dicas:
- Explique que beijos e abraços só podem ser oferecidos para pessoas de confiança;
- Esclareça que ninguém pode tocar em seu corpo (partes íntimas e seios);
- Ensinar sobre de maneira lúdica e clara sobre os órgãos genitais e suas funções, considerando sempre a faixa etária da criança e adolescente para compreensão e educação.
Caso real que acompanhei:
*O nome da vítima foi modificado para resguardar sua identidade.
Caso real que acompanhei:
Maria, 13 anos de idade, estudante, mora com os pais. Relata que estava na sala de sua casa, quando um homem desconhecido entra em sua residência e a conduz para um outro local onde a violenta. A adolescente permaneceu em silêncio em seu sofrimento. Maria não sabia até então que a violência sexual resultaria em uma gravidez precoce. Só soube da gestação quando foi realizar um procedimento clínico e ao saber da informação, a sua resposta foi “estou confusa, a ficha ainda não caiu… sofri sozinha, fiquei com medo.”
O que devemos fazer? Denunciar!
Lembre-se de que a denúncia pode ser feita em casos de suspeita e confirmação de violência sexual. Portanto, disque 100 e denuncie! Fique atento aos sinais!
A ligação é gratuita, anônima e o atendimento é 24 horas. A partir da sua localidade e região do Brasil, os procedimentos serão realizados conforme a situação, e a criança/adolescente será encaminhada para os devidos órgãos responsáveis, que garantirão a proteção e os direitos inerentes a ela.
É super importante que as vítimas sejam acompanhadas por serviços especializados em psicologia e psiquiatria, além de uma equipe multiprofissional e, mais importante ainda, que estejam em um ambiente seguro.
Autor
Nágila Ferreira dos Santos. Psicóloga Clínica e Hospitalar- CRP 11/13752. Especialista em Psicologia Hospitalar pela Pós-graduação Faculdade Unyleya. Especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo pela Pós-graduação Faculdade Unyleya. Atualmente trabalha em um hospital pediátrico.
Referências
BRASIL. 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e a ExploraçãoSexualContra Crianças e Adolescentes. Rede Suas [s.d.]. Disponível em:http://blog.mds.gov.br/redesuas/18-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-a-exploracao-sexual-contra-criancas-e-adolescentes/. Acesso em : 15 abril de 2024.
Lei nº 13431, de 4 de abril de 2017. Estabelece O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima Ou Testemunha de Violência e Altera A Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Brasília, Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13431.htm
SILVA, Beatriz Helena Ernesto de Souza et al. Maio Laranja contra o Abuso e Exploração Sexual Infantil. Liga Acadêmica de Bioética e Direitos Humanos - Liabdh - Unb, Brasília, v. 2, n. 1, p. 55-60, abr. 2021. Disponível em : https://www.researchgate.net/profile/EdnaDeAlmeida/publication/376266200_Assistencia_Social_Politica_Publica_e_Direito_Humano/links/6570fb42286c65604a946dbc/Assistencia-Social-Politica-Publica-e-Direito-Humano.pdf#page=55
REDE AQUARELA. Cartilha informativa. Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci). Combater a violência sexual é papel de todos nós. 2022.

"Ela estava em casa pintando um desenho na cor do pôr do sol. Quando alguém a tocou diferente de quem a toca por amor." Jorge Olliver
A cada 15 minutos, uma criança sofre violência sexual no Brasil.
Em nosso país, os 51% dos casos de violência sexual são praticados contra crianças de até 5 anos de idade. No ano de 2020, as estatísticas afirmam que em 61% dos casos, a faixa etária era inferior a 13 anos. (FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, 2024). Mas qual é o motivo por trás de todos esses dados tão tristes e dolorosos de se ler? Quero convidá-lo a compreender uma realidade difícil que afeta muitas crianças e adolescentes em nosso país.
Você já ouviu falar sobre o Maio Laranja? Vamos entender melhor.
O dia 18 de maio é conhecido nacionalmente como a data que combate a exploração e o abuso sexual infantil no Brasil.
Mas, por que a campanha leva esse título?
No dia 18 de maio de 1973, a pequena Araceli, de 8 anos, foi abusada sexualmente e morta em Vitória – ES. Em virtude desse lamentável acontecimento e em memória dessa criança, ficou instituído como Maio Laranja. Vale ressaltar que a simbologia da flor laranja deste mês representa a luta pelo combate à exploração e ao abuso sexual infanto-juvenil e proteção às crianças e aos adolescentes. (BRASIL, 2000).
Há diferença entre abuso e exploração sexual? Sim!
Entende-se por abuso sexual qualquer ato, com ou sem contato físico, no qual utiliza-se da criança ou adolescente para autossatisfação e/ou terceiros, impondo, muitas vezes, por meio de ameaças, sedução de palavras e/ ou oferecimento de alguma recompensa.
A exploração sexual é a utilização da criança ou o adolescente em atividade sexual com a finalidade de remuneração ou a qualquer outra fonte de gratificação. (Lei n. 13431/2017).
Saiba que tal realidade é muito mais comum do que imaginamos e, por vezes, está muito próxima de nós.
Quais repercussões podem desencadear na vida das vítimas?
As repercussões da violência de natureza sexual podem trazer impactos severos a nível psicológico e físico, além de consequências na vida sexual e interrelacional da vítima, a longo prazo.
Destaca-se que muitos transtornos, como ansiedade, depressão pós- traumáticos, podem ser potenciais desencadeadores em virtude de importunação sexual. (SILVA., et al, 2021).
Além disso, a vítima pode desenvolver sentimentos de culpa, autoestima invalidada, medo de falar o que aconteceu por achar que não pode ser compreendida, dentre outras consequências.
Como identificar os sinais em crianças e adolescentes que podem estar sofrendo algum tipo de violência de caráter sexual?
Sinais físicos: infecções sexualmente transmissíveis (IST’s); prurido na área genital, infecções urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas, cólicas intestinais; gravidez precoce ou aborto; falta ou excesso de higiene pessoal; escoriações (manchas) pelo corpo.
Sinais comportamentais: baixa autoestima, timidez ou vergonha excessiva (mudança brusca de humor); medo ou pânico em relação à alguma pessoa; insônia, pesadelos, agitação noturna e regressão ou abandono de comportamentos infantis. (REDE AQUARELA, 2022).
Esses são apenas alguns dos sinais físicos e comportamentais que podem ser identificadores de investigação. Vale ressaltar que, muitas vezes, o abusador pode estar mais perto do que se imagina.
Por isso, fiquemos atentos!
Não podemos baixar a guarda quando se trata de proteger nossas crianças e adolescentes.
Assim, é imprescindível realizar a educação sexual infantil como uma maneira de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual.
Como conversar com os pequenos sobre educação sexual?
Aqui vão algumas dicas:
- Explique que beijos e abraços só podem ser oferecidos para pessoas de confiança;
- Esclareça que ninguém pode tocar em seu corpo (partes íntimas e seios);
- Ensinar sobre de maneira lúdica e clara sobre os órgãos genitais e suas funções, considerando sempre a faixa etária da criança e adolescente para compreensão e educação.
Caso real que acompanhei:
*O nome da vítima foi modificado para resguardar sua identidade.
Caso real que acompanhei:
Maria, 13 anos de idade, estudante, mora com os pais. Relata que estava na sala de sua casa, quando um homem desconhecido entra em sua residência e a conduz para um outro local onde a violenta. A adolescente permaneceu em silêncio em seu sofrimento. Maria não sabia até então que a violência sexual resultaria em uma gravidez precoce. Só soube da gestação quando foi realizar um procedimento clínico e ao saber da informação, a sua resposta foi “estou confusa, a ficha ainda não caiu… sofri sozinha, fiquei com medo.”
O que devemos fazer? Denunciar!
Lembre-se de que a denúncia pode ser feita em casos de suspeita e confirmação de violência sexual. Portanto, disque 100 e denuncie! Fique atento aos sinais!
A ligação é gratuita, anônima e o atendimento é 24 horas. A partir da sua localidade e região do Brasil, os procedimentos serão realizados conforme a situação, e a criança/adolescente será encaminhada para os devidos órgãos responsáveis, que garantirão a proteção e os direitos inerentes a ela.
É super importante que as vítimas sejam acompanhadas por serviços especializados em psicologia e psiquiatria, além de uma equipe multiprofissional e, mais importante ainda, que estejam em um ambiente seguro.
Autor
Nágila Ferreira dos Santos. Psicóloga Clínica e Hospitalar- CRP 11/13752. Especialista em Psicologia Hospitalar pela Pós-graduação Faculdade Unyleya. Especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo pela Pós-graduação Faculdade Unyleya. Atualmente trabalha em um hospital pediátrico.
Referências
BRASIL. 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e a ExploraçãoSexualContra Crianças e Adolescentes. Rede Suas [s.d.]. Disponível em:http://blog.mds.gov.br/redesuas/18-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-a-exploracao-sexual-contra-criancas-e-adolescentes/. Acesso em : 15 abril de 2024.
Lei nº 13431, de 4 de abril de 2017. Estabelece O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima Ou Testemunha de Violência e Altera A Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Brasília, Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13431.htm
SILVA, Beatriz Helena Ernesto de Souza et al. Maio Laranja contra o Abuso e Exploração Sexual Infantil. Liga Acadêmica de Bioética e Direitos Humanos - Liabdh - Unb, Brasília, v. 2, n. 1, p. 55-60, abr. 2021. Disponível em : https://www.researchgate.net/profile/EdnaDeAlmeida/publication/376266200_Assistencia_Social_Politica_Publica_e_Direito_Humano/links/6570fb42286c65604a946dbc/Assistencia-Social-Politica-Publica-e-Direito-Humano.pdf#page=55
REDE AQUARELA. Cartilha informativa. Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci). Combater a violência sexual é papel de todos nós. 2022.

"Ela estava em casa pintando um desenho na cor do pôr do sol. Quando alguém a tocou diferente de quem a toca por amor." Jorge Olliver
A cada 15 minutos, uma criança sofre violência sexual no Brasil.
Em nosso país, os 51% dos casos de violência sexual são praticados contra crianças de até 5 anos de idade. No ano de 2020, as estatísticas afirmam que em 61% dos casos, a faixa etária era inferior a 13 anos. (FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, 2024). Mas qual é o motivo por trás de todos esses dados tão tristes e dolorosos de se ler? Quero convidá-lo a compreender uma realidade difícil que afeta muitas crianças e adolescentes em nosso país.
Você já ouviu falar sobre o Maio Laranja? Vamos entender melhor.
O dia 18 de maio é conhecido nacionalmente como a data que combate a exploração e o abuso sexual infantil no Brasil.
Mas, por que a campanha leva esse título?
No dia 18 de maio de 1973, a pequena Araceli, de 8 anos, foi abusada sexualmente e morta em Vitória – ES. Em virtude desse lamentável acontecimento e em memória dessa criança, ficou instituído como Maio Laranja. Vale ressaltar que a simbologia da flor laranja deste mês representa a luta pelo combate à exploração e ao abuso sexual infanto-juvenil e proteção às crianças e aos adolescentes. (BRASIL, 2000).
Há diferença entre abuso e exploração sexual? Sim!
Entende-se por abuso sexual qualquer ato, com ou sem contato físico, no qual utiliza-se da criança ou adolescente para autossatisfação e/ou terceiros, impondo, muitas vezes, por meio de ameaças, sedução de palavras e/ ou oferecimento de alguma recompensa.
A exploração sexual é a utilização da criança ou o adolescente em atividade sexual com a finalidade de remuneração ou a qualquer outra fonte de gratificação. (Lei n. 13431/2017).
Saiba que tal realidade é muito mais comum do que imaginamos e, por vezes, está muito próxima de nós.
Quais repercussões podem desencadear na vida das vítimas?
As repercussões da violência de natureza sexual podem trazer impactos severos a nível psicológico e físico, além de consequências na vida sexual e interrelacional da vítima, a longo prazo.
Destaca-se que muitos transtornos, como ansiedade, depressão pós- traumáticos, podem ser potenciais desencadeadores em virtude de importunação sexual. (SILVA., et al, 2021).
Além disso, a vítima pode desenvolver sentimentos de culpa, autoestima invalidada, medo de falar o que aconteceu por achar que não pode ser compreendida, dentre outras consequências.
Como identificar os sinais em crianças e adolescentes que podem estar sofrendo algum tipo de violência de caráter sexual?
Sinais físicos: infecções sexualmente transmissíveis (IST’s); prurido na área genital, infecções urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas, cólicas intestinais; gravidez precoce ou aborto; falta ou excesso de higiene pessoal; escoriações (manchas) pelo corpo.
Sinais comportamentais: baixa autoestima, timidez ou vergonha excessiva (mudança brusca de humor); medo ou pânico em relação à alguma pessoa; insônia, pesadelos, agitação noturna e regressão ou abandono de comportamentos infantis. (REDE AQUARELA, 2022).
Esses são apenas alguns dos sinais físicos e comportamentais que podem ser identificadores de investigação. Vale ressaltar que, muitas vezes, o abusador pode estar mais perto do que se imagina.
Por isso, fiquemos atentos!
Não podemos baixar a guarda quando se trata de proteger nossas crianças e adolescentes.
Assim, é imprescindível realizar a educação sexual infantil como uma maneira de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual.
Como conversar com os pequenos sobre educação sexual?
Aqui vão algumas dicas:
- Explique que beijos e abraços só podem ser oferecidos para pessoas de confiança;
- Esclareça que ninguém pode tocar em seu corpo (partes íntimas e seios);
- Ensinar sobre de maneira lúdica e clara sobre os órgãos genitais e suas funções, considerando sempre a faixa etária da criança e adolescente para compreensão e educação.
Caso real que acompanhei:
*O nome da vítima foi modificado para resguardar sua identidade.
Caso real que acompanhei:
Maria, 13 anos de idade, estudante, mora com os pais. Relata que estava na sala de sua casa, quando um homem desconhecido entra em sua residência e a conduz para um outro local onde a violenta. A adolescente permaneceu em silêncio em seu sofrimento. Maria não sabia até então que a violência sexual resultaria em uma gravidez precoce. Só soube da gestação quando foi realizar um procedimento clínico e ao saber da informação, a sua resposta foi “estou confusa, a ficha ainda não caiu… sofri sozinha, fiquei com medo.”
O que devemos fazer? Denunciar!
Lembre-se de que a denúncia pode ser feita em casos de suspeita e confirmação de violência sexual. Portanto, disque 100 e denuncie! Fique atento aos sinais!
A ligação é gratuita, anônima e o atendimento é 24 horas. A partir da sua localidade e região do Brasil, os procedimentos serão realizados conforme a situação, e a criança/adolescente será encaminhada para os devidos órgãos responsáveis, que garantirão a proteção e os direitos inerentes a ela.
É super importante que as vítimas sejam acompanhadas por serviços especializados em psicologia e psiquiatria, além de uma equipe multiprofissional e, mais importante ainda, que estejam em um ambiente seguro.
Autor
Nágila Ferreira dos Santos. Psicóloga Clínica e Hospitalar- CRP 11/13752. Especialista em Psicologia Hospitalar pela Pós-graduação Faculdade Unyleya. Especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo pela Pós-graduação Faculdade Unyleya. Atualmente trabalha em um hospital pediátrico.
Referências
BRASIL. 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e a ExploraçãoSexualContra Crianças e Adolescentes. Rede Suas [s.d.]. Disponível em:http://blog.mds.gov.br/redesuas/18-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-a-exploracao-sexual-contra-criancas-e-adolescentes/. Acesso em : 15 abril de 2024.
Lei nº 13431, de 4 de abril de 2017. Estabelece O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima Ou Testemunha de Violência e Altera A Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Brasília, Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13431.htm
SILVA, Beatriz Helena Ernesto de Souza et al. Maio Laranja contra o Abuso e Exploração Sexual Infantil. Liga Acadêmica de Bioética e Direitos Humanos - Liabdh - Unb, Brasília, v. 2, n. 1, p. 55-60, abr. 2021. Disponível em : https://www.researchgate.net/profile/EdnaDeAlmeida/publication/376266200_Assistencia_Social_Politica_Publica_e_Direito_Humano/links/6570fb42286c65604a946dbc/Assistencia-Social-Politica-Publica-e-Direito-Humano.pdf#page=55
REDE AQUARELA. Cartilha informativa. Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci). Combater a violência sexual é papel de todos nós. 2022.

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