
A pergunta "eu sou inteligente?" é uma indagação que as pessoas se fazem pelo menos uma vez na vida. Muitas vezes, a resposta para ela é uma comparação com o período escolar, especialmente em relação às notas das provas ou à admissão em universidades mais concorridas. Atualmente, a ideia de que existem diversas inteligências chegou ao senso comum, as pessoas costumam mencionar que possuem inteligência emocional caso lidem de forma satisfatória em situações difíceis, como o término de um relacionamento amoroso. Nos dois exemplos, é possível avaliar que a inteligência está sendo associada à capacidade de resolver problemas de forma eficiente.
Um problema pode ser definido como uma situação em que sabemos que algo de nosso interesse pode acontecer mediante a produção de um comportamento, mas não sabemos qual comportamento1,2. Assim, comportamentos que funcionaram em outros momentos para conseguir algo similar tendem a ficar mais prováveis de serem produzidos3–5. As situações em que já sabemos o que fazer para conseguir o que queremos podem ser chamadas de tarefas.
Um contexto pode ser para nós um problema e para o outro é apenas uma tarefa, isso provavelmente ocorre porque ela passou por mais situações similares do que nós. Um exemplo disso é quando chamamos um marceneiro para colar o fundo de uma gaveta; para nós, pode parecer impossível, enquanto para ele é algo que faz regularmente. Se você quiser colar a gaveta sozinho, provavelmente utilizará ferramentas que funcionaram em outras ocasiões, como buscar vídeos na internet, tópicos em fóruns online ou perguntar a alguém que conhece.
Uma das principais funções da psicologia é ajudar outras pessoas a resolverem seus problemas através das ferramentas fornecidas pelas pesquisas científicas na área e nossa experiência profissional. Assim, antes de nos perguntarmos se somos inteligentes, o mais adequado seria pensar nas ferramentas que temos para resolver os problemas que aparecem em nossas vidas e como buscar novas ferramentas6.
Autor
Bacharel em psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como aluno de doutorado em Psicologia Experimental pela USP e como pesquisador convidado no Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento (LINAC) na Universidade de Fortaleza e Laboratório de Análise Experimental do Comportamento do Ceará (LACCE) na UFC. Atualmente, desenvolve estudos sobre resolução de problemas e estratégias com gamificação em intervenções aplicadas.
Referências
1.Skinner, B. F. An operant analysis of problem solving. Behavioral and Brain Sciences 7, 583–591 (1984). https://doi.org/10.1017/S0140525X00027412
2.Donahoe, J. W. & Palmer, D. C. Learning and Complex Behavior. (Allyn and Bacon, 1994).
3.Neves Filho, H. B., Assaz, D. A., Dicezare, R. H. F., Knaus, Y. C. & Garcia-Mijares, M. Learning Behavioral Repertoires with Different Consequences Hinders the Interconnection of These Repertoires in Pigeons in the Box Displacement Test. Psychological Record 1–9 (2020). https://doi.org/10.1007/s40732-020-00407-0
4.Lattal, K. A. et al. On defining resurgence. Behavioural Processes 141, 85–91 (2017).https://doi.org/10.1016/j.beproc.2017.04.018
5.Jenkins, H. M. & Harrison, R. H. Effect of discrimination training on auditory generalization. Journal of Experimental Psychology 59, 246–253 (1960). https:// doi.org/10.1037/h0041661
6.Epstein, R. Of Course Animals Are Creative: Insights from Generativity Theory. Animal Creativity and Innovation (Elsevier Inc., 2015). https://doi.org/10.1016/B978-0-12-800648-1.00013-9

A pergunta "eu sou inteligente?" é uma indagação que as pessoas se fazem pelo menos uma vez na vida. Muitas vezes, a resposta para ela é uma comparação com o período escolar, especialmente em relação às notas das provas ou à admissão em universidades mais concorridas. Atualmente, a ideia de que existem diversas inteligências chegou ao senso comum, as pessoas costumam mencionar que possuem inteligência emocional caso lidem de forma satisfatória em situações difíceis, como o término de um relacionamento amoroso. Nos dois exemplos, é possível avaliar que a inteligência está sendo associada à capacidade de resolver problemas de forma eficiente.
Um problema pode ser definido como uma situação em que sabemos que algo de nosso interesse pode acontecer mediante a produção de um comportamento, mas não sabemos qual comportamento1,2. Assim, comportamentos que funcionaram em outros momentos para conseguir algo similar tendem a ficar mais prováveis de serem produzidos3–5. As situações em que já sabemos o que fazer para conseguir o que queremos podem ser chamadas de tarefas.
Um contexto pode ser para nós um problema e para o outro é apenas uma tarefa, isso provavelmente ocorre porque ela passou por mais situações similares do que nós. Um exemplo disso é quando chamamos um marceneiro para colar o fundo de uma gaveta; para nós, pode parecer impossível, enquanto para ele é algo que faz regularmente. Se você quiser colar a gaveta sozinho, provavelmente utilizará ferramentas que funcionaram em outras ocasiões, como buscar vídeos na internet, tópicos em fóruns online ou perguntar a alguém que conhece.
Uma das principais funções da psicologia é ajudar outras pessoas a resolverem seus problemas através das ferramentas fornecidas pelas pesquisas científicas na área e nossa experiência profissional. Assim, antes de nos perguntarmos se somos inteligentes, o mais adequado seria pensar nas ferramentas que temos para resolver os problemas que aparecem em nossas vidas e como buscar novas ferramentas6.
Autor
Bacharel em psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como aluno de doutorado em Psicologia Experimental pela USP e como pesquisador convidado no Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento (LINAC) na Universidade de Fortaleza e Laboratório de Análise Experimental do Comportamento do Ceará (LACCE) na UFC. Atualmente, desenvolve estudos sobre resolução de problemas e estratégias com gamificação em intervenções aplicadas.
Referências
1.Skinner, B. F. An operant analysis of problem solving. Behavioral and Brain Sciences 7, 583–591 (1984). https://doi.org/10.1017/S0140525X00027412
2.Donahoe, J. W. & Palmer, D. C. Learning and Complex Behavior. (Allyn and Bacon, 1994).
3.Neves Filho, H. B., Assaz, D. A., Dicezare, R. H. F., Knaus, Y. C. & Garcia-Mijares, M. Learning Behavioral Repertoires with Different Consequences Hinders the Interconnection of These Repertoires in Pigeons in the Box Displacement Test. Psychological Record 1–9 (2020). https://doi.org/10.1007/s40732-020-00407-0
4.Lattal, K. A. et al. On defining resurgence. Behavioural Processes 141, 85–91 (2017).https://doi.org/10.1016/j.beproc.2017.04.018
5.Jenkins, H. M. & Harrison, R. H. Effect of discrimination training on auditory generalization. Journal of Experimental Psychology 59, 246–253 (1960). https:// doi.org/10.1037/h0041661
6.Epstein, R. Of Course Animals Are Creative: Insights from Generativity Theory. Animal Creativity and Innovation (Elsevier Inc., 2015). https://doi.org/10.1016/B978-0-12-800648-1.00013-9

A pergunta "eu sou inteligente?" é uma indagação que as pessoas se fazem pelo menos uma vez na vida. Muitas vezes, a resposta para ela é uma comparação com o período escolar, especialmente em relação às notas das provas ou à admissão em universidades mais concorridas. Atualmente, a ideia de que existem diversas inteligências chegou ao senso comum, as pessoas costumam mencionar que possuem inteligência emocional caso lidem de forma satisfatória em situações difíceis, como o término de um relacionamento amoroso. Nos dois exemplos, é possível avaliar que a inteligência está sendo associada à capacidade de resolver problemas de forma eficiente.
Um problema pode ser definido como uma situação em que sabemos que algo de nosso interesse pode acontecer mediante a produção de um comportamento, mas não sabemos qual comportamento1,2. Assim, comportamentos que funcionaram em outros momentos para conseguir algo similar tendem a ficar mais prováveis de serem produzidos3–5. As situações em que já sabemos o que fazer para conseguir o que queremos podem ser chamadas de tarefas.
Um contexto pode ser para nós um problema e para o outro é apenas uma tarefa, isso provavelmente ocorre porque ela passou por mais situações similares do que nós. Um exemplo disso é quando chamamos um marceneiro para colar o fundo de uma gaveta; para nós, pode parecer impossível, enquanto para ele é algo que faz regularmente. Se você quiser colar a gaveta sozinho, provavelmente utilizará ferramentas que funcionaram em outras ocasiões, como buscar vídeos na internet, tópicos em fóruns online ou perguntar a alguém que conhece.
Uma das principais funções da psicologia é ajudar outras pessoas a resolverem seus problemas através das ferramentas fornecidas pelas pesquisas científicas na área e nossa experiência profissional. Assim, antes de nos perguntarmos se somos inteligentes, o mais adequado seria pensar nas ferramentas que temos para resolver os problemas que aparecem em nossas vidas e como buscar novas ferramentas6.
Autor
Bacharel em psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como aluno de doutorado em Psicologia Experimental pela USP e como pesquisador convidado no Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento (LINAC) na Universidade de Fortaleza e Laboratório de Análise Experimental do Comportamento do Ceará (LACCE) na UFC. Atualmente, desenvolve estudos sobre resolução de problemas e estratégias com gamificação em intervenções aplicadas.
Referências
1.Skinner, B. F. An operant analysis of problem solving. Behavioral and Brain Sciences 7, 583–591 (1984). https://doi.org/10.1017/S0140525X00027412
2.Donahoe, J. W. & Palmer, D. C. Learning and Complex Behavior. (Allyn and Bacon, 1994).
3.Neves Filho, H. B., Assaz, D. A., Dicezare, R. H. F., Knaus, Y. C. & Garcia-Mijares, M. Learning Behavioral Repertoires with Different Consequences Hinders the Interconnection of These Repertoires in Pigeons in the Box Displacement Test. Psychological Record 1–9 (2020). https://doi.org/10.1007/s40732-020-00407-0
4.Lattal, K. A. et al. On defining resurgence. Behavioural Processes 141, 85–91 (2017).https://doi.org/10.1016/j.beproc.2017.04.018
5.Jenkins, H. M. & Harrison, R. H. Effect of discrimination training on auditory generalization. Journal of Experimental Psychology 59, 246–253 (1960). https:// doi.org/10.1037/h0041661
6.Epstein, R. Of Course Animals Are Creative: Insights from Generativity Theory. Animal Creativity and Innovation (Elsevier Inc., 2015). https://doi.org/10.1016/B978-0-12-800648-1.00013-9

Copyright © 2024 sapsis