19 de mai. de 2024

(In)Flexibilidade psicológica

Como conseguir identificar a influência da linguagem em nossas escolhas?

Psicoterapeuta

Mateus Clark

19 de mai. de 2024

(In)Flexibilidade psicológica

Como conseguir identificar a influência da linguagem em nossas escolhas?

Psicoterapeuta

Mateus Clark

19 de mai. de 2024

(In)Flexibilidade psicológica

Como conseguir identificar a influência da linguagem em nossas escolhas?

Psicoterapeuta

Mateus Clark

Uma grande parte do nosso repertório comportamental não é aprendido através da experiência direta. Como, por exemplo, aprender a andar de bicicleta ao decorrer de diferentes tentativas (provavelmente, com algumas quedas). Contudo, outra grande parte dos nossos comportamentos são aprendidos de maneira indireta, através do ensino de regras, por exemplo. Poder aprender e transmitir conhecimentos através da linguagem é uma grande vantagem, pois nos poupa muito sofrimento. Por exemplo, quando nossas mães nos ensinam que colocar o dedo na tomada é perigoso, é melhor do que aprendermos colocando o dedo na tomada. Quem não lembra de ter escutado “se você colocar o dedo aí, vai doer bastante. Não faça isso!”.

Steven Hayes, o principal teórico da Terapia de Aceitação e Compromisso, afirma que flexibilidade psicológica é a habilidade de entrar em contato com a experiência no momento presente de forma plena e sem defesa. Nesse contexto, essa habilidade é a capacidade de perceber e reagir ao seu próprio comportamento de maneira que possamos nos comportar em direção a fins importantes. É a possibilidade de não precisar fugir de eventos internos desconfortáveis (pensamentos, emoções, sensações físicas, etc), sendo possível que observemos o que estamos sentindo e pensando, agindo em direção do que nos aproximará do que é importante.

A grande questão é que o mesmo mecanismo que nos poupa sofrimentos também pode produzir um tanto deles. Quando estamos sob controle excessivo de regras (expressos por meio dos pensamentos), e sob menor controle das nossas experiências atuais, podemos ter dificuldade de discriminar que nossos comportamentos não estão sendo efetivos, gerando uma rigidez comportamental. Essa rigidez comportamental pode ser um fator que contribui diretamente para o sofrimento.

A inflexibilidade psicológica é um dos principais fatores que contribuem para o sofrimento psicológico. Os principais sinais deste padrão comportamental são: atenção inflexível, apego excessivo ao controle verbal e eventos internos, inação ou impulsividade, dificuldade de direcionar o próprio comportamento em direções valorizadas.

Nesse sentido, um dos principais trabalhos do psicólogo clínico é auxiliar o cliente a desenvolver uma maior flexibilidade psicológica, enfraquecendo o controle verbal, estabelecendo um maior equilíbrio e proporcionando uma abertura para a experiência. Não é sobre deixar de seguir nossas crenças, mas de limitar seu seguimento a contextos em que possam ser úteis. Diante disso, trabalhamos para que o cliente possa aprender a discriminar em quais situações ele está mais sensível ao “poder da linguagem”, e como lidar de maneira diferente, mais flexível, procuramos exercitar com o cliente respostas alternativas diante de pensamentos e sentimentos, ajudando o cliente a entender o que importa para ele, em que direção ele gostaria que sua vida fosse e como ele pode fazer isso.

Autor

Mateus Clark, Psicólogo Clínico CRP 11/19577. Pós- graduando em Terapia de Aceitação e Compromisso pelo Centro Brasileiro de Ciência Comportamental Contextual (CECONTE).

Referências:

https://comportese.com/2014/07/21/o-conceito-de-inflexibilidade-psicologica-na-terapia-de-aceitacao-e-compromisso/

https://comportese.com/2017/02/01/afinal-o-que-e-flexibilidade-psicologica/

Harris, R. (2017). ACT made simple: An easy to read primer on Acceptance and Commitment Therapy. Oakland, CA: New Harbinger Publications, Inc.

Hayes, S. C., Strosahl, K. D., & Wilson, K. G. (2021). Terapia de Aceitação e Compromisso: o processo e a prática da mudança consciente. 2a ed. Artmed.

Uma grande parte do nosso repertório comportamental não é aprendido através da experiência direta. Como, por exemplo, aprender a andar de bicicleta ao decorrer de diferentes tentativas (provavelmente, com algumas quedas). Contudo, outra grande parte dos nossos comportamentos são aprendidos de maneira indireta, através do ensino de regras, por exemplo. Poder aprender e transmitir conhecimentos através da linguagem é uma grande vantagem, pois nos poupa muito sofrimento. Por exemplo, quando nossas mães nos ensinam que colocar o dedo na tomada é perigoso, é melhor do que aprendermos colocando o dedo na tomada. Quem não lembra de ter escutado “se você colocar o dedo aí, vai doer bastante. Não faça isso!”.

Steven Hayes, o principal teórico da Terapia de Aceitação e Compromisso, afirma que flexibilidade psicológica é a habilidade de entrar em contato com a experiência no momento presente de forma plena e sem defesa. Nesse contexto, essa habilidade é a capacidade de perceber e reagir ao seu próprio comportamento de maneira que possamos nos comportar em direção a fins importantes. É a possibilidade de não precisar fugir de eventos internos desconfortáveis (pensamentos, emoções, sensações físicas, etc), sendo possível que observemos o que estamos sentindo e pensando, agindo em direção do que nos aproximará do que é importante.

A grande questão é que o mesmo mecanismo que nos poupa sofrimentos também pode produzir um tanto deles. Quando estamos sob controle excessivo de regras (expressos por meio dos pensamentos), e sob menor controle das nossas experiências atuais, podemos ter dificuldade de discriminar que nossos comportamentos não estão sendo efetivos, gerando uma rigidez comportamental. Essa rigidez comportamental pode ser um fator que contribui diretamente para o sofrimento.

A inflexibilidade psicológica é um dos principais fatores que contribuem para o sofrimento psicológico. Os principais sinais deste padrão comportamental são: atenção inflexível, apego excessivo ao controle verbal e eventos internos, inação ou impulsividade, dificuldade de direcionar o próprio comportamento em direções valorizadas.

Nesse sentido, um dos principais trabalhos do psicólogo clínico é auxiliar o cliente a desenvolver uma maior flexibilidade psicológica, enfraquecendo o controle verbal, estabelecendo um maior equilíbrio e proporcionando uma abertura para a experiência. Não é sobre deixar de seguir nossas crenças, mas de limitar seu seguimento a contextos em que possam ser úteis. Diante disso, trabalhamos para que o cliente possa aprender a discriminar em quais situações ele está mais sensível ao “poder da linguagem”, e como lidar de maneira diferente, mais flexível, procuramos exercitar com o cliente respostas alternativas diante de pensamentos e sentimentos, ajudando o cliente a entender o que importa para ele, em que direção ele gostaria que sua vida fosse e como ele pode fazer isso.

Autor

Mateus Clark, Psicólogo Clínico CRP 11/19577. Pós- graduando em Terapia de Aceitação e Compromisso pelo Centro Brasileiro de Ciência Comportamental Contextual (CECONTE).

Referências:

https://comportese.com/2014/07/21/o-conceito-de-inflexibilidade-psicologica-na-terapia-de-aceitacao-e-compromisso/

https://comportese.com/2017/02/01/afinal-o-que-e-flexibilidade-psicologica/

Harris, R. (2017). ACT made simple: An easy to read primer on Acceptance and Commitment Therapy. Oakland, CA: New Harbinger Publications, Inc.

Hayes, S. C., Strosahl, K. D., & Wilson, K. G. (2021). Terapia de Aceitação e Compromisso: o processo e a prática da mudança consciente. 2a ed. Artmed.

Uma grande parte do nosso repertório comportamental não é aprendido através da experiência direta. Como, por exemplo, aprender a andar de bicicleta ao decorrer de diferentes tentativas (provavelmente, com algumas quedas). Contudo, outra grande parte dos nossos comportamentos são aprendidos de maneira indireta, através do ensino de regras, por exemplo. Poder aprender e transmitir conhecimentos através da linguagem é uma grande vantagem, pois nos poupa muito sofrimento. Por exemplo, quando nossas mães nos ensinam que colocar o dedo na tomada é perigoso, é melhor do que aprendermos colocando o dedo na tomada. Quem não lembra de ter escutado “se você colocar o dedo aí, vai doer bastante. Não faça isso!”.

Steven Hayes, o principal teórico da Terapia de Aceitação e Compromisso, afirma que flexibilidade psicológica é a habilidade de entrar em contato com a experiência no momento presente de forma plena e sem defesa. Nesse contexto, essa habilidade é a capacidade de perceber e reagir ao seu próprio comportamento de maneira que possamos nos comportar em direção a fins importantes. É a possibilidade de não precisar fugir de eventos internos desconfortáveis (pensamentos, emoções, sensações físicas, etc), sendo possível que observemos o que estamos sentindo e pensando, agindo em direção do que nos aproximará do que é importante.

A grande questão é que o mesmo mecanismo que nos poupa sofrimentos também pode produzir um tanto deles. Quando estamos sob controle excessivo de regras (expressos por meio dos pensamentos), e sob menor controle das nossas experiências atuais, podemos ter dificuldade de discriminar que nossos comportamentos não estão sendo efetivos, gerando uma rigidez comportamental. Essa rigidez comportamental pode ser um fator que contribui diretamente para o sofrimento.

A inflexibilidade psicológica é um dos principais fatores que contribuem para o sofrimento psicológico. Os principais sinais deste padrão comportamental são: atenção inflexível, apego excessivo ao controle verbal e eventos internos, inação ou impulsividade, dificuldade de direcionar o próprio comportamento em direções valorizadas.

Nesse sentido, um dos principais trabalhos do psicólogo clínico é auxiliar o cliente a desenvolver uma maior flexibilidade psicológica, enfraquecendo o controle verbal, estabelecendo um maior equilíbrio e proporcionando uma abertura para a experiência. Não é sobre deixar de seguir nossas crenças, mas de limitar seu seguimento a contextos em que possam ser úteis. Diante disso, trabalhamos para que o cliente possa aprender a discriminar em quais situações ele está mais sensível ao “poder da linguagem”, e como lidar de maneira diferente, mais flexível, procuramos exercitar com o cliente respostas alternativas diante de pensamentos e sentimentos, ajudando o cliente a entender o que importa para ele, em que direção ele gostaria que sua vida fosse e como ele pode fazer isso.

Autor

Mateus Clark, Psicólogo Clínico CRP 11/19577. Pós- graduando em Terapia de Aceitação e Compromisso pelo Centro Brasileiro de Ciência Comportamental Contextual (CECONTE).

Referências:

https://comportese.com/2014/07/21/o-conceito-de-inflexibilidade-psicologica-na-terapia-de-aceitacao-e-compromisso/

https://comportese.com/2017/02/01/afinal-o-que-e-flexibilidade-psicologica/

Harris, R. (2017). ACT made simple: An easy to read primer on Acceptance and Commitment Therapy. Oakland, CA: New Harbinger Publications, Inc.

Hayes, S. C., Strosahl, K. D., & Wilson, K. G. (2021). Terapia de Aceitação e Compromisso: o processo e a prática da mudança consciente. 2a ed. Artmed.

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